quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Geniozinho das panelas

Por Lorena Novas
Fotos: Valter Pontes

Desde o primeiro dia de Bahia Gourmet, um jovem de apenas 12 anos já chamava a atenção nas aulas. Respondia prontamente às perguntas e de forma certeira. “Ganhei um assistente de palco”, brincou o chef Rodrigo Oliveira diante da esperteza daquele garoto que tinha a resposta correta para as suas perguntas mais difíceis. A descrença de parte da plateia não demorou muito para ser convertida em respeito e, ao final do segundo dia de evento, o menino Victor Cassini, paulista que mora em Salvador há cinco anos, havia se transformado no centro das atenções de imprensa e público.

Também pudera, o garoto havia sido convidado pelo próprio Alex Atala para assessorá-lo durante a aula que a maior estrela da gastronomia brasileira daria no Bahia Gourmet. Todos queriam saber quem era o jovem prodígio, mas Victor não estava ligando muito para isso. Ainda saboreava o fato de poder estar ao lado de Atala e ajudar o seu maior ídolo. O menino ganhou a entrada para todos os cursos do Bahia Gourmet 2009 de presente de Dia das Crianças e seu maior desejo era conhecer o chef. Pronto: pedido mais do que atendido.

Os primeiros ‘passos gastronômicos’ Victor deu com apenas dois anos, quando pediu que a mãe o deixasse espremer a laranja para um suco. Aos cinco já fazia misto-quente e aos 11 preparava pratos mais refinados. Agora, todo fim de semana quem manda na cozinha da família é Victor, que tem prazer em fazer as receitas mais elaboradas para os pais e os amigos. De onde veio esse gosto pela gastronomia, já que o pai do garoto é consultor de segurança e a mãe é psicóloga? Luciana Cassini acredita que o DNA italiano tenha influenciado o filho. “Cresci vendo nossa família se reunir para saborear uma polenta, ou degustar um vinho”, conta ela.

Foi visitando a cozinha do restaurante 33 Sérgio Arno, aonde vai quase toda semana, que o menino recebeu seu primeiro convite para entrar de vez no mundo da gastronomia profissional. “Em todo o restaurante que eu vou, peço para visitar a cozinha, porque gosto de ver como são feitos os pratos e de conhecer o que estou comendo, não só para aprender, mas também por conta da questão da higiene alimentar”, diz o garoto, falante e articulado. Fascinado com a esperteza de Victor, Sérgio Arno o chamou para fazer um estágio de oito meses no restaurante. O período foi muito bem aproveitado pelo menino. “A gente tem que pesquisar muito, se inteirar do que está acontecendo na área, para progredir profissionalmente”, diz.

Além de continuar a fazer receitas, Victor tem um sonho para o futuro: fazer uma viagem de carro pela Europa e visitar as cidades do interior para ver como é a convivência de cada um desses povos com a gastronomia.

Confira entrevista em vídeo com o menino-chef:









4 comentários:

  1. Estava em quase todas as aulas e sempre estava acompanhando o Victor, desde o primeiro momento via uma coisa especial, ele sempre participando, fazendo as perguntas especificas sobre a aula, da para ver que vamos ter um grande chef em breve conosco..
    Vinicius Figueira

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  2. Conheço o Victor desde pequeno e sempre notei nele uma luz especial. Muito esperto e observador, fazia colocações pertinentes a todo o tempo.
    Um talento chegando, sem dúvida !!
    Roseli Martins
    8 de setembro de 2009 22h00

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  3. Seriedade e profissionalismo na veia...Pelas palavras e feitos de Victor Cassini a gastronomia brasileira está bem representada.

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  4. Sem dúvida será um grande chef , isto está na veia do pequeno grande Victor .
    Vá em frente menino, você tem tudo para vencer.
    Marlise Cassini

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